sexta-feira, 1 de julho de 2016

Características e estruturas do relevo brasileiro



O relevo brasileiro remonta ao período pré-cambriano (4 bilhões de anos atrás).  Antigas formações geológicas.
Possui um terreno litológico antigo, relevo intensamente desgastado e esculpido por processos erosivos e intemperismo.

Tipos de relevos:

Crátons ou escudos cristalinos
·         Cobrem 36%do território brasileiro.
·         Rochas muito antigas.
·         Metamórficas, magmáticas intrusivas e sedimentares.
·         Período pré-cambriano e era Paleozóica há 4 e 3 bilhões de anos atrás.
·         Predomínio de gnaisses e granitos.

Dobramentos antigos

·         Correspondem ao período pré-cambriano (4 bilhões de anos atrás).
·         Três cinturões orogênicos (Montanhas desgastadas)
·      Atlântica, Brasília e Paraguai-araguaia.
·      Intensamente desgastados.
·      Ainda guardam características montanhosas.
·         Metamórficos e intrusivos.
·      Diversas fases de dobramentos.
·         Longo processo erosivo.

Bacias sedimentares

As bacias sedimentares ocupam boa parte do território brasileiro. São espessas camadas de sedimentos oriundos do desgaste das rochas, dos organismos vegetais ou animais.
Também se originaram de camadas de lavas vulcânicas que se solidificaram entre as eras Paleozóica e Cenozoica entre 326 milhões e 70 milhões de anos.



quarta-feira, 22 de junho de 2016

A DICOTOMIA ENTRE O ESPAÇO RURAL E URBANO


O espaço rural e urbano engloba dois universos no espaço geográfico se inter-relacionando na divisão territorial e do trabalho. O espaço urbano é o espaço de alta densidade populacional, seja, povoado ou populoso. O espaço rural é a representação das atividades primarias e produção de matérias-primas em áreas pouco povoadas ou populosas.

Uma das principais diferenças entre urbano e rural está, assim, nas praticas socioeconômicas. O espaço rural, como já dissemos, engloba predominantemente atividades vinculadas ao setor primário [...] o espaço urbano costuma reunir atividades vinculadas ao setor secundário [...] e terciário [...]. (www.brasilescola.uol.com.br. Acessado em 02/06/16).


No plano cartográfico o espaço rural é maior, possui as áreas cultivadas e transformadas. O espaço urbano é menor, disputado e especulado, possui maior potencial e dinâmica da economia, tanto nos espaços urbanos desenvolvidos quanto nos espaços urbanos em desenvolvimento. Chama-se urbanização o processo no qual a população urbana passa a crescer de maneira mais acelerada que a população rural. Ocorre à transferência em grande escala da população do campo para as cidades, assim, ocorrem às migrações rural-urbanas, ou, como são conhecida nos países em desenvolvimento, êxodo rural.

“O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural, associado a dois condicionantes que se interligam: a repulsão da força de trabalho do campo e a atração dessa força de trabalho para as cidades.” (Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. P. 113.). O processo de urbanização de um país ou de uma região não consiste somente no crescimento das cidades, mas também à medida que a porcentagem de sua população urbana aumenta em relação a sua população total. Até a década de 1990 a maior parte da população mundial ainda vivia no campo. Na década de 2010 essa proporção se inverteu, assim, a maioria da população mundial passou a viver nas cidades urbanas.

[...] os migrantes dirigem-se há décadas em busca de empregos e salários na construção civil, no comercio ou nos serviços. O mercado urbano diversificado permite o aparecimento do trabalho informal, sem vinculo empregatício. [...] as cidades dispõem de serviços públicos de assistência social e hospitalar [...]. (Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. P. 113).


Partindo de aspectos históricos os países mais urbanizados são aqueles que se encontram nas regiões mais desenvolvidas e industrializadas. O processo de urbanização nesses países ocorre há mais tempo que nos países em desenvolvimento, desde o século XVIII. À medida que esses países se industrializaram as cidades ganharam novos postos de trabalho na indústria, comercio e serviços. A revolução industrial fomentou e estimulou a revolução agrícola, com a modernização das técnicas e ferramentas no campo ocorreu o êxodo rural.

Ainda no século XIX as grandes cidades industriais europeias tinham como características péssimos bairros e baixa infraestrutura como: condições insalubres, doenças e epidemias, a falta de saneamento básico, falta de água encanada e seus esgotos a céu aberto e a falta de coleta de lixo. As precárias condições de vida nesses centros urbanos levaram as populações a exigirem melhorias nas cidades como: melhores salários, áreas de lazer, água tratada, rede de esgotos, educação, saúde e segurança.
Com o tempo surgiu à descentralização urbana, ou seja, o crescimento das cidades vizinhas surge assim à rede urbana com indústria, comercio e serviços diversificados. “O espaço geográfico abrange as redes formadas por complexos sistemas de fluxos de pessoas, bens, serviços, capitais, tecnologia e informações que caracterizam a sociedade contemporânea. (Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. P. 114)”.

A ligação entre o espaço rural e urbano resultou ao longo da história a transferência das populações do meio rural para o meio urbano. O crescimento dos centros urbanos está principalmente ligado aos locais onde a indústria alcançou um nível sofisticado de desenvolvimento. O desenvolvimento industrial promoveu gigantescas aglomerações urbanas hoje denominadas metrópoles. O crescimento exagerado do numero de metrópoles e seus espaços físicos provocaram inúmeros problemas para as suas sociedades ou populações, esse fenômeno gerou especulação imobiliária devido à escassez de espaço nas cidades, alta carga tributaria, transporte publico incapaz de atender as necessidades de suas populações, pouca ou insuficiente infraestrutura, congestionamentos, alto custo de mão de obra assalariada, sindicatos organizados e numerosos, poluição atmosférica e hídrica.

No ano de 2011, segundo dados da Organização das Nações Unidas a população mundial ultrapassou a marca de sete bilhões de habitantes. (UNITED Nations Population Division. World Population Prospects 2010. Disponível em: http://esa.un.org/upp. Acesso em: 07/03/2013). 


Tais fatores acarretaram no distanciamento e até a transferência das grandes indústrias das metrópoles nas ultimas décadas. Essa mudança provocou a reorganização espacial das indústrias caracterizando a desconcentração física dos parques industriais nos grandes centros urbanos. Essas indústrias deslocadas para as áreas periféricas como as cidades médias conseguiram deslocar o capital e as ofertas de postos de trabalho.
Fatores como incentivos fiscais e sindicatos menos organizados e numerosos motivaram essa desconcentração da atividade industrial. Os governos estaduais e municipais se utilizam de vantagens a essas indústrias como redução ou isenção tributaria, doação de terrenos, oferta de infraestrutura básica como asfalto, rodovias, ferrovias, potencial energético satisfatório, saneamento básico e menores salários.

No Brasil [...] a indústria ainda está bem concentrada no sudeste do país e no estado de São Paulo. Essa região responde por cerca de 79% do volume total de industrias do país e 62% do volume de produção, além de ocupar 53% do total de pessoas da industria e responder por 68% das exportações e 69% das importações do país. (Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil.P. 134).


No campo a modernização das técnicas agrárias reduziu a mão de obra rural provocando mudanças na relação de trabalho. Com o advento da revolução agrícola, técnicas e máquinas, os trabalhadores rurais agora obsoletos precisaram abandonar o espaço rural migrando para as grandes cidades.

O avanço do trabalho assalariado no campo decorreu do próprio processo de expansão das relações de produção capitalista no meio rural. (Novo Olhar. P. 209).

As relações capitalistas de produção são relações baseadas no processo de separação dos trabalhadores dos meios de produção [a terra, no caso do espaço rural], ou seja, os trabalhadores devem aparecer no mercado como trabalhadores livres de toda a propriedade, exceto de sua força de trabalho. (Modo de produção capitalista, agricultura e reforma agrária. P. 39.).


A reforma agrária é um caminho para o equilíbrio social no campo. Desde o Estatuto da Terra (1964 – 1985) no regime militar a reforma agrária no Brasil vem sendo adiada e sabotada gerando uma lógica sensação procrastinatória. Mesmo aprovada pela Constituição Federal em 1988 a reforma agrária caminha a lentos passos.
A reforma agrária visa o ideário de que a terra deve possuir uma função social, devendo ser utilizada para a produção de alimentos, matéria-prima e gerar renda e emprego aos trabalhadores rurais.

A grande dificuldade em promover a reforma agrária está na oposição da bancada ruralista no congresso brasileiro. Essa bancada é formada por deputados e senadores que defendem os interesses dos grandes latifundiários. Mesmo que existam leis que regulamentam a desapropriação de terras os grandes latifundiários e ruralistas travestidos de legisladores e senadores impedem essas desapropriações através de ações judiciais que podem se arrastar por até uma década.

Essa situação tem contribuindo para a manutenção das tensões e conflitos sociais no campo brasileiro. Movimentos sociais engajados na reforma agrária lutam por uma distribuição justa de terras visando diminuir as tensões e desigualdades no campo brasileiro, aumentando o número de pequenas e médias propriedades, gerando emprego e fixando o maior número possível de trabalhadores no campo. Sem uma reforma agrária séria e efetiva a realidade do campo brasileiro continuará marcada pela existência de uma das estruturas fundiárias mais concentradas e injustas do mundo gerando o empobrecimento dos camponeses, aumentando o número de famílias sem terras e o aumento gradativo de terras invadidas no espaço rural brasileiro. 


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Estabilidade tectônica e altimetria do relevo brasileiro

O território brasileiro está localizado na porção central da placa sul-americana, distante das bordas de contato. Esse posicionamento do território brasileiro proporciona estabilidade tectônica.

As áreas fortemente afetadas por atividades vulcânicas e sísmicas são as que se encontram nas bordas de contrastes entre as placas tectônicas. A ausência de movimentos orogênicos recentes associados à idade antiga do relevo brasileiro explica o predomínio de baixas altitudes em nosso território.

Cerca de 41% do território brasileiro se encontram em altitudes inferiores a 200 metros. Apenas 1% do nosso território possui altitude superior a 1.200 metros. As maiores elevações do relevo brasileiro se situam na região do extremo norte do Brasil. As maiores elevações geológicas no Brasil são:

·         Pico da neblina: 2.954 metros.
·         Serras e planaltos (região sul e sudeste): entre 2.000 e 3.000 metros.
·         Serra da Mantiqueira: 2.800 metros

Em geral as serras e os planaltos mais elevados do nosso país são faixas de dobramentos modernos (falhamentos orogênicos), dobramentos antigos e desgastados pela erosão.

(Mapa hipsométrico): mostra a altitude do relevo.




quarta-feira, 8 de junho de 2016

Formação da terra

O planeta terra se formou a 4,6 bilhões de anos. Em seu inicio era uma bola de fogo não havendo oceanos e nem continentes. A terra está em constante transformação, não as percebemos em escala geológica, pois o ritmo dessas transformações é muito lento.
Há cerca de 230 milhões de anos não existia ainda a cordilheira dos Andes e Himalaia. Logo, a terra em seu inicio era uma bola de fogo com temperatura elevadíssima, porém, após resfriar ao longo de milhões de anos seguintes formaram-se as primeiras rochas.
Os elementos químicos mais pesados como níquel e ferro migraram para o interior do planeta formando o núcleo terrestre. Os elementos químicos mais leves flutuavam em sua superfície incandescente e inóspita.
Os gases gerados pelo impacto dos materiais provenientes dos corpos rochosos oriundos do espaço colidiam e ficavam retidos pela gravidade do planeta, dando origem a uma atmosfera primitiva. Formou-se assim uma atmosfera com menos oxigênio que a atual iniciando o ciclo da água, fundamental para o surgimento da vida.
O planeta terra resfriou lentamente a 4 bilhões de anos, assim a superfície do planeta começou a enrijecer (litosfera primitiva), formando:
• Crosta terrestre 
• Blocos rochosos
• Primeiros continentes

Com o resfriamento a crosta terrestre tornou-se espessa e uma grande quantidade de gases e vapores foi lançada do interior do planeta terra devido a sucessivas erupções vulcânicas. Esses gases e vapores se condensaram e se transformaram em chuvas torrenciais e “intermináveis” que deram origem aos primeiros oceanos. Há 3,5 bilhões de anos o planeta terra já possuía crosta, oceanos e uma atmosfera primitiva.
As chuvas formaram um vasto oceano que circundou um único bloco de terra, a Pangéia.
• A Pangéia se dividiu a 200 milhões de anos.
• Dividiu-se em Laurásia e Gondwana.
• Em seguida subdividiu-se em outros blocos dando origem a configuração atual dos continentes.

A estrutura da terra

No inicio de sua historia geológica a superfície terrestre era recoberta por material incandescente que se esfriou lentamente dando origem as primeiras rochas da crosta terrestre. A crosta terrestre (litosfera), o manto e o núcleo formam a estrutura interna do planeta terra.
Essas três partes se diferenciam em suas características físicas e químicas.
Características físicas:
• Espessura, profundidade, temperatura e pressão.
Características químicas:
• Mineralogia (Estudos dos minerais)
Crosta terrestre
• Camada superficial e rígida do planeta terra.
• Profundidade media entre 30 e 80 km.
• Mais espessa nos continentes e finas no assoalho oceânico.
• Dividia entre crosta continental e oceânica.
• Composta por silício (Si), alumínio (AL) e magnésio (Mg).
Manto
• Camada intermediaria entre a crosta terrestre e o núcleo.
• Possui cerca de 2.870 km de espessura.
• Chega a 2.000º C de temperatura.
• Devido ao intenso calor os minerais que o compõem como ferro, magnésio e silício se fundem. Tornando o magma fluido.
• Na parte superior do manto (Astenosfera) ocorrem movimentos de convecção.
Núcleo
• Parte central do planeta terra formado por níquel (Ni) e ferro (Fe).
• Dividi-se em núcleo externo e interno.
• (Núcleo externo) = espessura media de 2.255 km. Temperatura de 3.000º C em estado plástico.
• (Núcleo interno) = 1.220 km de raio. Temperaturas de até 5.000º C. Encontra-se em estado sólido devido a grande pressão.


O ciclo das rochas

As rochas são formadas continuamente, são transformadas e destruídas pelas atividades geológicas provenientes do interior do planeta (endógenas) e pelas atividades geológicas que atuam na superfície terrestre (exógenas).
Uma rocha magmática fica exposta ao intemperismo que provoca a decomposição física e química de seus minerais. 
• Erosão, transporte e decomposição.
Essa decomposição ou desagregação da rocha são transportadas pelos agentes erosivos.
• Ventos, chuvas, rios e geleiras.
São transportadas para as áreas mais baixas do terreno, onde se acumulam em grandes ou pequenos depósitos. Esses depósitos minerais decompostos (inorgânicos) ao serem compactados dão origem às rochas sedimentares (litificação).
As rochas sedimentares quando submetidas à alta pressão e alta temperatura podem se transformar em rocha metamórfica e/ou magmática. Essa rocha metamórfica quando empurrada para o interior da crosta terrestre pode se fundir e novamente se transformar em magma.
• Aumento de pressão e temperatura.
• Dá origem a uma nova rocha ígnea.
Ocorre assim o ciclo das rochas, logo, ocorrendo o soerguimento da rocha metamórfica que se exposta à decomposição na superfície terrestre pode dar origem a uma nova rocha sedimentar.
• O ciclo da rocha se repete.


As rochas e a composição da litosfera

A crosta terrestre é formada por rochas como: basalto, arenito, granito, mármore e argila. Uma rocha pode ser definida como elementos químicos sólidos e de composição química definida formada por processos inorgânicos.
As propriedades físico-químicas dos minerais possuem características distintas como: cor, brilho, textura e dureza.
Segundo a origem ou o processo de formação as rochas podem ser classificadas como:
- Magmáticas ou ígneas (granito; basalto)
- Sedimentares (calcário; areia; arenito)
- Metamórficas (Gnaisse, metamorfismo do granito).
Rochas magmáticas ou ígneas
- São as rochas mais abundantes da crosta terrestre.
- Formadas pela solidificação do magma proveniente do manto.
- Intrusivas e extrusivas.
As rochas magmáticas intrusivas são formadas pela solidificação do magma ainda no interior da crosta terrestre.
- Esfria lentamente.
- Cristais visíveis.
As rochas magmáticas extrusivas (vulcânicas) são formadas pela solidificação do magma na superfície da crosta terrestre.
- Solidifica rapidamente ao entrar em contato com a água e o ar.
- Neste tipo de rocha não se pode distinguir a olho nu os minerais que a compõem.
Rochas sedimentares
- São formadas por sedimentos e detritos de rochas preexistentes.
- São erodidos e transportados pela água e pelo vento, os sedimentos de rochas se depositam nas partes mais baixas do relevo em sucessivas camadas.
- Na medida em que os sedimentos vão se acumulando ao longo de milhões de anos as camadas mais profundas são pressionadas para o interior da crosta.
- Submetidos à pressão das camadas superiores os sedimentos são compactados.
- Sofrem o processo de litificação, transformam-se em arenito ou carvão mineral.
Rochas metamórficas
- Tanto as rochas magmáticas quanto as sedimentares podem ser submetidas a condições de intensa pressão e temperatura.
- Sofrem alterações em suas características físico-químicas.
- Cor, textura, estrutura e composição mineralógica.
- Geram o mármore e o gnaisse.


Dinâmica interna da terra: Deriva continental

No ano de 1915 o geógrafo alemão Alfred Wegener lançou a teoria da Deriva continental. Segundo Alfred Wegener ao longo da cronologia geológica da terra os continentes não ocuparam as mesmas posições que ocupam hoje.
A teoria da Deriva continental revela que os continentes estiveram unidos há 250 milhões de anos formando a Pangeia (Entre as eras paleozoica e mezosoica).
A Pangeia começou a se fragmentar em continentes menores há 200 milhões de anos.
Subidividiu-se em:
• Laurasia e Gondwana (período triassico).
Há cerca de 65 milhões de anos até os dias atuais os continentes conservaram as suas massas continentais (período terciário).
Alfred Wegener sustentou a sua teoria em evidências geográficas e geológicas.
• Como exemplo: o encaixe quase perfeito da costa leste da América do sul com a costa oeste do continente africano.
• A existência de fósseis animais semelhantes em ambos os continentes.
• Ocorrência de rochas e depósitos minerais semelhantes em grandes regiões em ambos os continentes.
Hoje sabemos que os continentes estão sobrepostos sobre blocos tectônicos e falhamentos geológicos.
Esse blocos podem ser:
• Convergentes
• Divergentes
• Conservativos


Mapa do saneamento básico no Brasil.


Oceanos: Fonte de vida

Os oceanos cobrem cerca de 70% da superfície do nosso planeta. Os oceanos possuem um papel essencial na regulação dos ciclos naturais que possibilitam a existência da vida na terra.
Os primeiros organismos vivos surgiram nos oceanos, eram eles unicelulares e depois pluricelulares como bactérias. Os seres humanos se fixaram próximos as regiões costeiras devido a pesca, navegação e irrigação dos solos durante as cheias.
• 60% da população mundial vive próxima ao litoral, cerca de 4 bilhões de pessoas.
Dos oceanos extraímos e aproveitamos:
• Pesca
• Sal
• Recursos minerais (petróleo e gás)
• Transporte
• Energia
Os cinco oceanos que cobrem a superfície terrestre são:
• Atlântico
• Pacífico
• Índico
• Ártico
• Antártico
Mesmo com nomes distintos todos os oceanos se interligam formando uma única. Massa de água. Os cinco oceanos apresentam características diferentes como:
• Salinidade, temperatura e correntes
Distribuição da água no planeta terra:
• 97,5% - salgada
• 2,5% - doce
Dos 2,5% da água doce podemos dividi-la em:
• 68,9% - geleiras
• 29,9% - aquíferos
• 0,9% - outros (chuva, umidade)
• 03% - rios e lagos


Agropecuária européia

Há séculos que o minifúndio de caráter familiar é dominante em quase todas as paisagens rurais na Europa. O espaço agropecuário europeu conta com elevada participação de seus governos através de subsídios econômicos e possuem elevada produtividade.
Tradicionalmente a Europa é dividida em duas grandes regiões agrícolas:
• Zona temperada:
- localizada no centro-norte do continente.
- tecnologia avançada e grande produtividade.
- cultiva-se trigo e outros cereais.
• Zona mediterrânea:
- localizada no sul do continente.
- técnicas tradicionais e pouca tecnologia.
- menor produtividade.
- ao sul as propriedades são maiores.
- cultiva-se oliveiras e vinhas.
Desde a criação da União Européia (UE), busca-se formular uma política agrícola única para o continente. Medidas protetivas ou protecionistas garantem aos seus produtores rurais condições técnicas e financeiras para enfrentar a concorrência internacional.
• São chamados de subsídios agrícolas.
• O valor dos subsídios chega a U$$ 170 bilhões anualmente.
• Os subsídios permitem que os produtores rurais europeus disputem o mercado.
Este protecionismo é duramente criticado pelos países emergentes e/ou subdesenvolvidos. As implicações sócio-ambientais são um problema sério na Europa quando se trata de agropecuária intensiva.
Rações desenvolvidas com proteína animal disseminaram a doença da vaca louca no reino unido na década de 1990. Na Bélgica detectou-se Dioxina, substância cancerígena na carne dos frangos, porcos e gados devido ao consumo de rações modificadas e contaminadas.
A partir de 1990 percebe-se um aumento do tamanho das propriedades agrícolas européias (resultado de investimentos pesados no agronegócio europeu). Porém, mesmo com todo este capital financeiro e inserção tecnológica no campo não ocorre êxodo rural, já que a população rural européia é pequena.

A atividade industrial europeia

O continente europeu possui uma indústria diversificada e tecnológica. Em meados do século XVIII a Europa viu surgir a 1ª Revolução Industrial na Inglaterra.
A Revolução Industrial se expandiu até outras nações europeias como: Alemanha, França, Holanda e Bélgica.
A Revolução Industrial se estruturou em regiões que possuíam bacias carboníferas, ferro e rios navegáveis.
(carvão = fonte de energia – vapor – maquinofatura)
Em seguida outras regiões passaram a se industrializar, seja por oferta abundante de carvão, ferro ou navegabilidade de seus rios. Podemos destacar:
- Vale do Ruhr (Alemanha): Grandes reservas carboníferas e navegabilidade pelo rio Reno.
- Vale do Pó (Norte da Itália): Grande navegabilidade no rio Pó.
- Bacia Parisiense (França): Grande navegabilidade pelo rio Sena.
- Vale do Volga (Rússia): Grandes reservas de minério de ferro.
- Benelux (Países Baixos): Grandes reservas de carvão e ferro. Região portuária e desembocadura do rio Reno.
- Países Nórdicos (Suécia, Finlândia e Noruega): Grandes reservas de minério de ferro.
O continente europeu abriga um dos parques industriais mais modernos do mundo. Um dado negativo é a robotização destes parques industriais, fator que gera desemprego e uma menor participação da população economicamente ativa destas regiões no setor industrial.
Nem todos os países europeus são altamente industrializados. Podemos destacar:
- Industrializados: Alemanha, Inglaterra, Suíça, França e Itália.
- Relativamente industrializados: Portugal, Grécia e Espanha.
- Baixa industrialização: Croácia, Albânia e Romênia.
O processo histórico no decorrer do pós-guerra ditou os rumos da industrialização europeia.
(Oeste) – Altamente industrializado – Doutrina Truman e Plano Marshal.
(Leste) – Baixa industrialização – Comunismo, economia planificada e parque industrial obsoleto.
Porém, desde o fim da URSS países como Polônia, Hungria e Republica Tcheca vem se destacando no setor industrial. Com a consolidação da União Europeia (UE) há um intenso investimento na industrialização do leste europeu, visando o fortalecimento do bloco econômico.

Economia europeia

Fator histórico e atual pós-guerra
O nível de desenvolvimento econômico dos países europeus não é homogêneo.
Durante a segunda guerra mundial a Europa dividiu-se em:
-Europa capitalista – Oeste – EUA
-Europa socialista – Leste – URSS
Após o fim da segunda guerra mundial devido à queda do regime nazista e seu expansionismo territorial restaram ou surgiram apenas duas superpotências globais, EUA e URSS.
Mundo bipolar
*EUA – capitalista – potencia militar e econômica
*URSS – socialista – potencia militar e econômica
Com o fim da segunda guerra mundial o governo dos EUA tomou para si a reconstrução do continente europeu devastado pela guerra, utilizou-se de dois meios para consolidar seu poder econômico e político na Europa:
*1947 – Doutrina Truman: Contenção do socialismo.
*1947 – Plano Marshal: Investimentos econômicos e empréstimos aos países europeus.
Com estas políticas e investimentos econômicos o governo norte-americano pode consolidar o capitalismo, sobretudo, buscando erradicar qualquer viés ideológico socialista vindo da URRS mantendo-o além dos limites da cortina de ferro (1946), deste ponto em diante da história observamos o inicio da guerra fria.
Em meados da década de 1970 o regime socialista começou a dar sinais de enfraquecimento, sobretudo pela falta de investimentos econômicos nos setores do estado soviético. Com isso os subsídios aos países membros do regime e bloco socialista diminuíram, evidenciando o sucateamento econômico, estrutural e social nas décadas seguintes. Fatores como a corrida armamentista, corrida espacial, guerras, modelo econômico planificado e propaganda mostraram-se onerosos aos cofres soviéticos.
Aqui chegamos a atual conjuntura da economia europeia. De um lado observamos uma Europa desenvolvida economicamente e do outro uma Europa atrasada e em desenvolvimento.
Enquanto a economia europeia capitalista (Oeste) se desenvolveu a Europa socialista serviu apenas como fornecedora de matéria-prima e produção de bens de consumo obsoletos.
Os contrastes econômicos se dão em fatores como:
- Tecnologia, mercado consumidor interno, industrialização, agropecuária e índices de desenvolvimento humano.
Em uma Europa desenvolvida destacamos países como:
- Alemanha, Reino Unido, França e Benelux.
Já na Europa em desenvolvimento destacamos países como:
- Croácia, Bulgária, Romênia, Rep. Tcheca e Eslovênia.

A atmosfera terrestre

A atmosfera é a camada gasosa que envolve a Terra e a acompanha em seus movimentos. Sua espessura é variável, mas, em média, pode-se considerá-la até 1000 km de altura. É constituída por uma mistura de gases comumente chamados de ar, no qual vivemos e nos deslocamos. Ela é de extrema importância para os seres humanos, animais e plantas. Sua ausência ou contaminação excessiva provocariam a extinção da vida terrestre. O ar atmosférico é ainda responsável pela combustão, pelo equilíbrio e pela permanência da temperatura ideal para a vida humana, pela transmissão sonora e por outros efeitos. Sua composição varia com a altitude, pois os vários gases que entram em sua formação têm pesos diferentes. É composta por: Troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera.


Ilha de calor e inversão térmica

Ilha de calor é um fenômeno que resulta em um aumento exagerado das temperaturas de uma área para a outra. Áreas urbanas densas tendem a gerar o seu próprio microclima e este fenômeno gera ilhas de calor e inversão térmica.
A formação da ilha de calor está relacionada a um conjunto de fatores como: desmatamento, pavimentação (albedo, absorção excessiva dos raios solares e reflexos nas fachadas espelhadas), grandes edifícios que dificultam a circulação do ar atmosférico.
Em um grande centro urbano a diferença térmica pode chegar a 10 graus célsius entre duas ou mais regiões distintas (cidade, periferia e campo).
Outro fenômeno relacionado é a inversão térmica que é um processo decorrido da dificuldade da circulação do ar atmosférico nas grandes cidades devido a sua verticalização.
A poluição dos grandes centros urbanos decorre da emissão de gases tóxicos como CO2 e CO3. Automóveis e fábricas são os maiores responsáveis por estas emissões de gases. Esses gases estacionam sobre os grandes centros urbanos como uma camada espessa de fuligem, com a evaporação e o ar mais quente dos centros urbanos o ar atmosférico tende a subir (menor densidade). Como em um sistema de baixa pressão atmosférica o ar quente sobe, porém, fica aprisionado abaixo da massa de fuligem na atmosfera sobre o centro urbano. No inverno o fenômeno é ainda mais intenso.





Ranking das cidades globais em termos de relevância internacional.


Fenômeno climático El Niño

O fenômeno climático El Niño caracteriza-se pelo aquecimento das águas do oceano pacífico em sua porção equatorial. Sua ocorrência se dá em intervalos de quatro anos a partir do mês de dezembro.
Nos anos em que ocorre o El Nino os ventos alísios (leste) perdem força, assim as águas mais quentes do pacífico (próximas ao equador) se deslocam para a América do sul.
O fenômeno pode ser fraco, moderado ou forte, causando mudanças drásticas nas temperaturas da região afetada. Afeta drasticamente as temperaturas no Brasil gerando prejuízos econômicos e problemas ambientais sérios. 
Afeta países como Brasil, Peru, Equador, Venezuela, Colômbia, Guianas, Suriname, costa oeste dos Estados Unidos da América, Índia e Austrália dentre outros na região afetada.


Agentes exógenos modificadores do relevo



Agentes exógenos modificadores do relevo. Observe a inclusão da ação antrópica (humana) como fator modelador do relevo.


Agentes endógenos modificadores do relevo.


Chuvas orográficas



Chuvas orográficas: ocorre quando o ar ascendente de baixa pressão encontra um obstáculo, neste caso um relevo montanhoso ocasionando a condensação do ar (vapores) resultando em chuvas sobre o obstáculo topográfico.


Placas tectônicas e vulcões ativos no planeta terra.


Orogênese

Orogênese: Dobramento moderno. Ex: cordilheira dos andes. 
Ocorre horizontalmente, possuindo duas configurações: convergente e divergente. Quando convergentes formam os Dobramentos modernos (cordilheiras). Quando divergentes formam dorsais meso-oceânicas (cordilheiras submarinas).


Onde vivem os mais de 7 bilhões de habitantes do nosso planeta



Onde vivem os mais de 7 bilhões de habitantes do nosso planeta. Os habitantes estão divididos por milhões em seus respectivos continentes.


Massas de ar que atuam no Brasil



A dinâmica atmosférica é um dos fatores fundamentais do ‪#‎clima‬. O movimento das massas de ar de uma área para outra pode alterar bruscamente o tempo de uma determinada região, dependendo ainda da soma de fatores como relevo e posição geográfica.
Por estar localizado no hemisfério sul, onde a superfície coberta por ‪#‎água‬é muito maior que as áreas continentais, e também por apresentar um relevo com poucas grandes ondulações, o ‪#‎Brasil‬ acaba sofrendo forte influência das massas de ar. Dentre elas, podemos destacar cinco que aparecem de forma periódica em território brasileiro, atuando em diferentes regiões: a Massa equatorial continental (mEc), Massa equatorial atlântica (mEa), Massa tropical continental (mTc), Massa tropical atlântica (mTa) e a Massa polar atlântica (mPa). Estas serão discutidas abaixo.
Massa equatorial continental (mEc)
Esta massa de ar se origina na Amazônia, tendo papel fundamental no transporte de umidade para outras regiões do país, devido ao forte processo de evapotranspiração da floresta. Além de úmida, a mEc também é considerada quente, muito devido a região de origem.
Sua atuação é forte na região norte, centro-oeste e em parte da região sudeste durante o verão. No inverno, ela sofre enfraquecimento e sua ação limita-se às áreas da Amazônia ocidental.
Massa equatorial atlântica (mEa)
A mEa tem origem no Oceano Atlântico, próximo à Linha do Equador, atuando na formação dos ventos alísios de nordeste. Assim como a mEc, é quente e úmida. Sua ação é concentrada nos litorais das regiões Norte e Nordeste, principalmente durante o ‪#‎verão‬. Perde força quando adentra o território.
Massa tropical continental (mTc)
A Massa tropical continental (mTc) origina-se na árida depressão do Chaco, entre Paraguai, Bolívia e Argentina. Por esta característica, esta massa de ar é seca e quente. Sua atuação ocorre principalmente na região centro-oeste, embora possa atingir também partes das regiões sul e sudeste. Quando ocorre no ‪#‎inverno‬, a mTc impede a chega de massas de ar frio, causando uma elevação da temperatura, o chamado veranico.
Massa tropical atlântica (mTa)
Esta massa de ar tem atuação praticamente constante durante o ano no litoral leste brasileiro, do sul ao nordeste. É uma massa quente e úmida, originária no Atlântico Sul e responsável pela formação dos ventos alísios de sudeste.
Costuma provocar chuvas frontais na região nordeste durante o inverno por conta do cruzamento com a Massa polar atlântica e chuvas orográficas no encontro com as elevações da Serra do Mar no sudeste e sul.
Massa polar atlântica (mPa)
A mPa é a única massa polar que atua no território brasileiro. Originária do extremo sul da Argentina, a Massa Polar Atlântica é fria e úmida, atingindo boa parte do país no inverno, com ênfase na região sul.
Seguindo as formas do relevo brasileiro, esta massa de ar adentra a região sul pelo vale do rio Paraná, trazendo geada e neve para as serras gaúcha e catarinense. Outro ramo segue pelo litoral, atingindo a costa da região nordeste, causando chuvas frontais, como foi supracitado.
Um terceiro segmento da mPa segue pelo Planalto Brasileiro até a‪#‎Amazônia‬, provocando quedas bruscas na temperatura durante alguns dias em estados como Amazonas e Acre. Este fenômeno é conhecido como friagem.
Ventos alísios são ventos que ocorrem durante todo o ano em região tropicais. Eles viajam das regiões de alta pressão dos Trópicos de Capricórnio e Câncer para as regiões de baixa pressão da Linha do Equador. No hemisfério sul, seguem de sudeste para noroeste. No hemisfério norte, de nordeste para sudoeste.
Fonte: ‪#‎Climatologia‬ Básica

Vamos refletir!

[...] Pobreza, como questão social histórica, não é “dada”, “natural”, “fortuita” ou “desígnio divino”, mas dinâmica histórica concreta, fabricada por um grupo privilegiado como estratégia de manutenção e produção de vantagens. (Pedro Demo, Cidadania Menor).

Estamos iniciando os trabalhos nesse blog. Em breve muitos conteúdos por aqui, seja bem vindo (a).